quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fidelidade em Marley e Hachikō

Seria possível para um cachorro mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele." (trecho do livro Marley & Eu, por John Grogan)

Não posso assistir e nem se quer ler algo sobre esses filmes que acabo sempre chorando. Lembra o meu cachorro Pingo, um pinscher, danado igual ao Marley e Fiel como Hachikõ, se eu estava doente parecia que advinhava, não importando o tamanho da pessoa a qual se punha na minha frente, ele estava ali pronto para me proteger como se fosse o maior cão do mundo. Saudades daquele que me acompanhou por 11 anos. Mas vamos ao assunto fidelidade, como o próprio autor livro falou: "É preciso que um cachorro mostre aos seres humanos o que realmente importa na vida?", será mesmo que só um cachorro é capaz de nos mostrar isso? Eles os quais julgamos irracionais, podem até não serem seres pensantes, mas são seres dotados de um sentimento que aqui posso realmente chamá-lo "amor". Tem coisa mais linda e gratificante de que você chegar após um dia de trabalho, de estudo, de qualquer atividade do seu dia a dia, e ver que um ser está ali sempre que você chega a espera de carinho e esperando carinho também, não importando se quer se você é rico ou pobre, negro ou branco, apenas quer um abraço, um cafuné na cabeça ou simplesmente sua presença. Nós seres humanos somos capazes de exercermos essa fidelidade, mas, jamais, em hipótese alguma chegaremos perto da fidelidade desses seres.
Nós iremos sempre agir de acordo com nossas necessidades e morrer tentando supri-las. No mundo em que nos encontramos hoje, não encontramos mais nenhum valor, respeito, atenção, consideração, "lealdade", os animais estão muito a frente de nós, aliás, animais somos nós, que temos "cultura" , "educação" e não agimos como tal, eles sim preservam tudo isso que intitulamos como valores.

Marley um cachorro altamente travesso, destruía tudo dentro de casa e ordens a serem seguida não era seu forte, seu ponte forte estava em dar alegria e sua lealdade em troca de carinho, apenas carinho. Hachikõ mesmo após a morte de seu dono se manteve leal, ao ponto de esperar todos os dias em frente a estação seu dono como fez durante o tempo que conviveu com seu dono. Embora algumas pessoas não achem que isso serve de lição de vida, para minha pessoa serve, teriámos o mundo melhor com certeza se conseguissemos um pouco de tudo que ele nos doa.

As vezes me pergunto se escolhi o curso que seja minha cara, porque veterinária seria minha realização, mas como nem sempre seguimos um destino que queremos, vamos passando despercebido pela vida.

obs: não consigo mais escrever no estado em que me encontro no exato momento, com muitaaa saudade do meu pingão.