Alguns brasileiros, sejam eles escolarizados ou não, na maioria esses tem filhos, gastam mais com carro do que com a educação. Os valores que pagam em impostos também são muito acima do que aqueles investidos em cursos, escolas e materiais didáticos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, o valor destinado à educação nas famílias em que o responsável pelo domicílio tem ao menos o ensino médio completo (11 anos ou mais de estudo) corresponde a 4,9% de seu orçamento. Já o gasto com aquisição de veículos ou combustível representa 10,8%.
As pessoas muitas vezes deixam de educar os filhos para comprar um carro, um bem qualquer (ter um sonho de consumo realizado), muitas pessoas preferem ver seus filhos se contentando com uma educação precária e ter um automóvel na garagem para “passear no final de semana”, outras preferem investir em uma casa luxuosa a se tratar de um câncer, onde está a consciência das necessidades? Não devamos confundi-la com prioridades.
Não educando os filhos os pais só os criam. Criar e educar parece simples e até a mesma coisa, mas não é. Criar filhos pode simplesmente significar tentar dar todas as condições básicas para que ele se torne um adulto saudável e culto, mas isso não basta! Já educar filhos leva isso um pouco mais longe: é ainda ensinar aos filhos os limites que eles devem e podem ter em situações diversas da vida, leva-los a entender que existem regras e ordem para todas as coisas e que, acima de tudo, há princípios de Deus em suas vidas que não se pode perder ou negligenciar.
Educar o filho não é só matricular em escola, comprar lápis, caderno ou o fardamento, pagar (os que estudam em instituições privadas) as mensalidades. Não é jogar o filho na escola tendo uma visão de que a escola é uma instituição primária de educação. A família, essa sim tem que formar uma boa educação de base, para que quando a criança chegue até a escola ela possa conviver e ter boas relações com todos que fazem parte daquele âmbito educacional, dar exemplo de uma boa formação “caseira” e muitas vezes ensinar e passar o seu comportamento para que outras pessoas possam ter como exemplo.
Mas infelizmente hoje o que vemos são famílias passeando de carro, com uma vida financeira muitas vezes desequilibrada, atoladas em dívidas com seus “sonhos de consumo” e que não dão boas condições de que seus filhos possam ser educadas de uma maneira saudável a sociedade, preferem ver os filhos saindo de casa para irem a escola ou vê-los chegando, mas não preferem ir as reuniões de pais, analisar os boletins e aconselhar a sempre ser educado e manter uma ética comportamental de uma verdadeira família que se importa com o futuro de seus filhos e não com as futuras aquisições deles, as aquisições virão com um desenvolvimento educacional, posteriormente profissional, quando eles por capacidade e inteligência empregada lá atrás na educação de base. Só assim terão sucesso na vida. Priorize suas necessidades (EDUCAÇÃO AOS FILHOS) e não necessite de suas prioridades.
Harry Neto – Professor de história e sociologia.
09/04/11